Thais
LeitãoRepórter da Agência Brasil
Rio de
Janeiro - O Ministério da Saúde quer aumentar o número de doadores
regulares de sangue no país dos atuais 2% da população para 3%,
patamar recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para
isso, a ideia é aproveitar as ferramentas das redes sociais para
cadastrar potenciais doadores e direcionar essas pessoas aos
hemocentros mais próximos. De acordo com o ministro Alexandre
Padilha, o banco virtual criado pelo ministério no Facebook,
em novembro de 2011, já conta com mais de 7 mil doadores voluntários
e o objetivo é dobrar esse número, alcançando 15 mil até o fim do
ano.
“Vamos
conectar esse banco virtual com cada hemocentro do país, que poderá
fazer uma busca ativa dos doadores cadastrados. Quando seus estoques
estiverem reduzindo, o hemocentro pode mandar mensagem aos doadores
para que eles venham doar sangue naquela cidade, naquele estado”,
explicou Padilha hoje (16), no Rio de Janeiro, após doar sangue no
Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio). O ato marcou o Dia
Mundial do Doador Voluntário.
O ministro
destacou que o Brasil conta com 36 polos de hemocentros e mais de 300
hemocentros públicos. Ele também ressaltou que os meses de junho e
julho são considerados os mais críticos em relação aos estoques
de sangue, quando são registradas reduções de até 25% nas
doações. “São meses de férias, de inverno e de chuva em várias
regiões. Nossas campanhas em locais abertos também ficam
comprometidas”, explicou. Padilha acrescentou que o procedimento é
totalmente seguro tanto para os doadores quanto para quem recebe
sangue.
O
secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, que acompanhou o
ministro na ação de hoje, enfatizou que as doações servem não só
para suprir as necessidades em casos de acidentes, mas também para
abastecer hospitais da rede pública e contratados pelo Sistema Único
de Saúde (SUS).
“As
pessoas costumam associar a necessidade de doação apenas à
ocorrência de acidentes, mas há também pacientes que fazem
tratamento de câncer e de outras doenças em que há necessidade de
transfusão o tempo todo. Então, é fundamental que essa doação
ocorra os 365 dias do ano”, disse.
O
consultor de empresas André Luiz Ribeiro, de 37 anos, esteve hoje no
Hemorio para doar sangue pela décima vez. Segundo ele, o ato deveria
ser rotina para todos os brasileiros.
“É dever de todo o cidadão
a partir do momento que ele tem condições físicas para isso. Não
precisamos esperar que haja esse tipo de campanha, mas todo mundo
deveria fazer isso sempre que puder. É uma forma de ajudar o
próximo”, ressaltou.
O
Ministério da Saúde investiu, no ano passado, R$ 380 milhões na
rede de sangue e hemoderivados no país. Para este ano, está
previsto investimento no valor de R$ 580 milhões.
Fonte: Agência Brasil