quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Robôs substituem jornalistas

Uma das maiores agências de notícias do mundo está há meses distribuindo textos que foram escritos por robôs. Isso ocorreu ontem, por exemplo, quando a Apple divulgou seus resultados financeiros trimestrais e as reportagens que apareceram na CNBC e no Yahoo, entre outros, saíram da Associated Press por “mãos" automatizadas.  

Segundo o Verge, faz seis meses que a AP implementou o sistema, que hoje é responsável pela elaboração e publicação de 3 mil textos como o que repercutia o anúncio da Apple. Até outubro, a produção ainda passava por algum tipo de edição, agora a máquina é capaz de fazer todo o trabalho sozinha.

As matérias, claro, não são tão elaboradas e criativas como as humanas. Mas textos sobre resultados financeiros são basicamente um amontoado de números, então, quanto mais frios, melhor a compreensão da informação, e de frieza as máquinas da AP entendem.

A tecnologia por trás disso se chama Wordsmith e foi criada pela Automated Insights. As notas são
objetivas e geralmente bem escritas, o leitor pode acreditar que foram produzidas por um humano até chegar ao final, onde, ao invés de uma assinatura, vem a informação de que aquilo saiu de um robô.

A Wordsmith gera milhões de artigos por semana para parceiros como Allstate, Comcast e Yahoo (onde parte da cobertura esportiva é automatizada). Se necessário, a plataforma pode chegar à produção de 2 mil textos por segundo.

Fonte: Olhar Digital 

Leia também:


Robôs já escrevem matéria, indica pesquisa

Empresas desenvolvem algorítimos para escrever notícias




 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Cega enxerga bebê pela primeira vez com auxílio da #tecnologia

Um vídeo que mostra uma deficiente visual canadense vendo o filho recém-nascido graças a óculos para ampliar a visão vem despertando atenção na internet. Até este domingo, o vídeo publicado no YouTube (confira abaixo) já somava quase 900 mil visualizações. As imagens mostram Kathy Beitz, 29, vendo o bebê com a ajuda do equipamento.

— Este é o primeiro bebê que vejo e, sendo meu filho, é irresistível — diz a jovem, que sofre de uma degeneração macular genética conhecida como doença de Stargardt e é considerada legalmente cega apesar de contar com um resquício de visão.

Kathy pôde ver o filho graças a lentes chamadas eSight, que realçam as imagens. Essas imagens otimizadas permitem a visão a pessoas que não são totalmente cegas.

— Ela pariu e, imediatamente, quis vê-lo — explicou a irmã da jovem, Yvonne Felix, que publicou o vídeo.

Yvonne, que tem a mesma doença, afirma estar juntando dinheiro para que mais pessoas possam ter acesso aos óculos. 



Fonte: Zero Hora

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Dez Estratégias para um detox de Mídia Social. Receita para os fortes

Arte Mashable
O Facebook está deixando você triste, o Twitter atrapalha suas tarefas cotidianas e o Instagram tira sua concentração. Sem falar no WhatsApp que virou epidemia. 

Estas são apenas algumas das reclamações feitas contra a mídia social. Pode ser verdade ou não essas declarações, mas concordamos em um ponto: se livrar em alguns momentos das mídias sociais pode nos deixar um pouco melhor.

Afastar-se do bate-papo nas redes pode parecer assustador, mas o que este texto publicado no site Mashable pretende mostrar é que ninguém vai sentir algum tipo de perda. Surpreendido? Há outros benefícios diz também os autores. Você pode ter um pouco mais de sono quando o aplicativo do Facebook não está chamando a atenção antes de você dormir. Você pode ler um livro nas férias em vez de verificar o Instagram. Coisas desse tipo. Você nunca saberá até tentar, destaca os autores.

Mas como resistir ao canto da sereia da mídia social? Aqui está um tipo de ajuda com uma fórmula de detox em mídia social para este verão, sem você precisar se esconder no deserto.


1. Elimine aplicativos de mídias sociais do telefone ou tablet 

Remova qualquer aplicativo de todos os seus dispositivos móveis. Lembre-se que esses aplicativos podem ser instalados de volta com facilidade e há quase sempre a opção de verificar esses sites a partir do navegador.

2. Peça a um amigo para mudar sua senha 

Encontre um (a) amigo (a) de confiança - de preferência com uma boa memória - para alterar a senha da sua conta de mídia social favorita. Combine com o (a) amigo (a) um tempo e peça a ele (a) que envie uma nova senha no prazo estipulado. Uma semana, por exemplo.


3. Temporariamente bloquear sites com ajuda externa

Você passa muito tempo surfando em sistemas de mídia social durante o horário de trabalho? Bloqueie certos sites por um período de tempo. Aplicativos de autocontrole como o LeechBlock para Firefox irá barrar sites que sugam o seu tempo, por exemplo.

4. Crie uma regra e cumpra

Crie regras. Entrar no Facebook só após as 18h. Instagram somente nos fins de semana. Twitter só no trabalho. Se você adora compartilhar, tente postar fotos semanalmente em vez de diariamente ou apenas atualizar seu status uma vez.

5. Organize-se com listas

As funções “listas” no Facebook e Twitter pode organizar as postagens de pessoas favoritas em fluxos eficientes. Criar uma lista de "amigos e familiares" em ambas as redes pode ajudar.

7. Comece-se um leitor de RSS

Em vez de procurar as notícias favoritas em sites como o Facebook, Twitter ou Tumblr, use um leitor de RSS.

8. Lembrando dos aniversários

Facebook tem um bom recurso para lembrar dos aniversários, mas o Calendário do Google pode ser um ainda melhor. Gaste 30 minutos de sua vida para descobrir o aniversário dos seus amigos importantes e dos membros da família e coloque no Calendário do Google como “datas importantes”. Eu fiz isso e não me arrependo.

9. Substitua um impulso com outro

Fique longe do smartphone quando estiver entediado. Treine-se para fazer algo diferente. Use um leitor eletrônico de livros, como o Kindle, e-Lev e Kobo. Vá tocar um instrumento ou faça outra coisa coisa.

10. Decisão radical. Elimine suas contas

Ao falar sobre um programa detox é difícil não mencionar a opção final: eliminação. Essa opção não é para os fracos de coração. 

  Fonte: Mashable 


Cérebro esta sendo alterado pela tecnologia do século XXI

Presente mais cobiçado dos brasileiros neste Natal, os smartphones, com suas telas sensíveis ao toque, promovem alterações no cérebro de seus usuários, aumentando a resposta a estímulos nos dedos.

 O fenômeno, fruto do chamado sistema somatossensorial, é similar ao já observado em atletas de elite e músicos virtuosos — como no caso do tenista que descreve a raquete como uma extensão de seu braço ou do violinista que sente o instrumento como uma parte de seu corpo. Pela primeira vez, no entanto, isso pôde ser constatado em pessoas comuns praticando atividades corriqueiras. Com isso, os cientistas esperam ter encontrado uma poderosa ferramenta para investigar mais a fundo o intrigante campo da plasticidade cerebral e como o órgão se adapta para lidar com situações do dia a dia.


— Os smartphones nos oferecem uma oportunidade para entender como a vida normal afeta os cérebros de pessoas — diz o neurocientista Arko Ghosh, pesquisador da Universidade de Zurique, na Suíça, e principal autor de artigo sobre o estudo, publicado ontem na última edição do periódico científico “Current Biology”. — À primeira vista, esta descoberta parece comparável ao que acontece com os violinistas. As tecnologias digitais que usamos diariamente estão moldando os processos sensoriais em nossos cérebros, e em uma escala que nos surpreendeu.


Atualizações frequentes do sistema

Para o estudo, os pesquisadores submeteram 37 voluntários (26 usuários de smartphones e 11 de celulares antigos), todos destros, a exames de eletroencefalografia (EEG) enquanto estimulavam com breves e leves toques o polegar, o indicador e o dedo do meio da mão direita deles. Os resultados mostraram que a atividade cerebral em resposta aos estímulos nestes dedos era mais intensa entre as pessoas que usam os smartphones.


À diferença do que acontece com os violinistas, no entanto, o experimento revelou que o período em que a pessoa usa um smartphone não afetou significativamente os resultados. A pesquisa também evidenciou uma correlação linear entre o tempo passado desde o último uso do aparelho e a intensidade da resposta cerebral, em especial no caso do polegar, que se mostrou mais sensível quanto menor este intervalo. Nas pesquisas com os músicos, o nível desta atividade se mostrou relacionada à idade com que eles começaram a tocar o instrumento e não foi influenciada pelo período passado desde a última vez que o usaram.


Segundo os pesquisadores, essas diferenças indicam que os movimentos repetidos e repetitivos sobre as telas sensíveis ao toque nos smartphones rearranjam os processos sensoriais dos estímulos vindos da mão, com atualizações frequentes da representação cerebral das pontas dos dedos. Para eles, isso leva a uma ideia notável:

— Propomos que o processamento sensorial no córtex do cérebro contemporâneo está sendo continuamente moldado pela tecnologia digital — aponta Ghosh. — Creio que primeiro devemos levar em conta o quão comum estes aparelhos digitais pessoais são e o quanto as pessoas fazem uso deles. Para nós, neurocientistas, isso significa que a história digital que carregamos em nossos bolsos tem uma enorme quantidade de informação sobre como usamos as pontas de nossos dedos e além. Fiquei realmente surpreso com a escala das mudanças introduzidas em nossos cérebros pelo uso dos smartphones e abismado com o quanto das variações interindividuais nos sinais cerebrais associados às pontas dos dedos podiam ser explicadas simplesmente pela análise do histórico de uso dos aparelhos.



Os cientistas, porém, alertam que essas constantes atualizações do sistema somatossensorial por influência da tecnologia digital podem ter seu lado negativo. É esse sistema que constrói uma imagem de nosso corpo à qual podemos assimilar elementos externos, como roupas, chapéus ou a raquete do tenista. No artigo, os pesquisadores citam outros estudos que indicaram uma associação entre extensas reorganizações do córtex somatossensorial a casos de dores crônicas nas costas, além da ligação entre o uso excessivo de smartphones a disfunções motoras.

Blog do BG, com texto extraído de O Globo