terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Google e HP estão realizando recall do Chromebook 11 por problemas no carregador

Apesar de a princípio parecer um produto muito bom por um preço camarada, na verdade Google e HP pagaram um mico bem grande com o Chromebook 11, muito provavelmente por não submeter o ultrabook a todos os testes necessários.
Não foram uma ou duas vezes, mas diversos consumidores que adquiriram o equipamento relataram problemas de superaquecimento no carregador que acompanha o kit. Alguns até mesmo notificaram que o acessório derreteu. O Google teve que retirar o produto do mercado, e aconselhou os que já o haviam adquirido para não utilizar o carregador padrão e que se virassem com similares de smartphones ou tablets.
Foram ao todos nove relatos de problemas com o carregador, dois causando respectivamente queimaduras e danos à propriedade. Por fim a empresa resolveu fazer o óbvio ao iniciar o processo de Recall dos carregadores,  aconselhando os compradores a interromperem o uso dos Chromebooks. De acordo com a Comissão de Segurança dos Produtos de Consumo dos Estados Unidos, foram vendidos cerca de 145 mil ultrabooks no território norte-americano. Por sorte ele não chegou a ser comercializado fora dos States.
O Google divulgou que o recall será feito de forma simples: ela enviará para a casa dos compradores um novo carregador e uma caixa de correio pré-paga para que o consumidor possa remeter o acessório defeituoso de volta. Por fim o Google anunciouatravés de seu blog que as vendas do HP Chromebook 11 serão retomadas, ainda que ambas empresas tenham um longo caminho para recuperar a confiança dos clientes. De minha parte eu adoraria adquirir um caso o Google o vendesse aqui por um preço bem camarada, algo que a Acer não fez.
Fonte:  The Verge e Google., via Meio Bit

Por asilo, Snowden promete ajudar Brasil

O delator do esquema de espionagem do governo americano, Edward Snowden, promete colaborar com a investigação sobre as ações da NSA (Agência de Segurança Nacional) no Brasil. Para que possa fazer isso, em troca, quer asilo político do governo Dilma Rousseff.

Leia íntegra da carta escrita por delator 'ao povo brasileiro'

A promessa de ajuda está em uma "carta aberta ao povo do Brasil", obtida pela Folha, que será enviada a autoridades e fará parte de uma campanha on-line, hospedada no site da ONG Avaaz, especializada em petições. A ideia é sensibilizar Dilma a conceder abrigo a Snowden, ex-agente de inteligência do governo americano. "Muitos senadores brasileiros pediram minha ajuda com suas investigações sobre suspeita de crimes contra cidadãos brasileiros. Expressei minha disposição de auxiliar, quando isso for apropriado e legal, mas infelizmente o governo dos EUA vem trabalhando muito arduamente para limitar minha capacidade de fazê-lo", declara na carta, originalmente em inglês. Snowden se refere à CPI aberta no Senado para investigar as atividades da NSA no Brasil, que incluíram monitoramento de telefonemas e de emails de Dilma e da Petrobras.

O ex-técnico da NSA pode ser processado e preso se voltar aos Estados Unidos Crimes pelos quais Snowden é acusado -- O ex-técnico da NSA pode ser processado e preso se voltar aos Estados Unidos Segundo ele, não é possível colaborar diante da precária situação jurídica em que se encontra, com apenas asilo temporário, concedido pela Rússia até o meio de 2014. "Até que um país conceda asilo permanente, o governo dos EUA vai continuar a interferir em minha capacidade de falar", afirma Snowden, na carta. O ex-prestador de serviços para a NSA, que está na Rússia desde junho, reclama de lá ter seus movimentos muito limitados, sem condições de fazer um verdadeiro debate sobre o escândalo, de acordo com Glenn Greenwald, o jornalista para quem ele vazou os dados.

 No Brasil, com status de asilado permanente, teria mais liberdade para isso. Snowden toma cuidado, na carta, de não se dirigir diretamente a Dilma. A razão é não melindrar o governo russo, que o hospeda. Mas, ainda de acordo com Greenwald, ele quer vir para o Brasil. Em junho, Snowden revelou ao jornalista, à época trabalhando para o diário inglês "Guardian", documentos que mostram a capacidade do governo americano de espionar cidadãos e empresas em vários países. "Hoje, se você carrega um celular em São Paulo, a NSA pode rastrear onde você se encontra, e o faz. [...] Quando uma pessoa em Florianópolis visita um site na internet, a NSA mantém um registro de quando isso aconteceu e do que você fez naquele site. Se uma mãe em Porto Alegre telefona a seu filho para lhe desejar sorte no vestibular, a NSA pode guardar o registro da ligação por cinco anos ou mais tempo", afirma, na carta. Segundo Snowden, a vigilância sem critério "ameaça tornar-se o maior desafio aos direitos humanos de nossos tempos".

 "A NSA e outras agências de espionagem aliadas nos dizem que, pelo bem da nossa própria 'segurança' --em nome da 'segurança' de Dilma, em nome da 'segurança' da Petrobras--, revogaram nosso direito à privacidade e invadiram nossas vidas. E o fizeram sem pedir a permissão da população de qualquer país, nem mesmo do deles", afirma, em outro trecho. APÁTRIDA Greenwald, que vive no Rio, e seu namorado, o brasileiro David Miranda, pretendem liderar uma campanha para que Dilma lhe conceda o asilo. Após chegar à Rússia, Snowden enviou pedido a vários países, Brasil inclusive. Mas não obteve resposta. Quem respondeu favoravelmente foram Bolívia, Venezuela e Nicarágua, mas Snowden prefere o Brasil. "O Brasil é o lugar ideal por ser um país forte politicamente, onde as revelações tiveram um impacto real", afirma Miranda. O argumento jurídico para convencer as autoridades brasileiras é o de que os direitos humanos de Snowden estão ameaçados. "Se o governo brasileiro agradece a ele pelas revelações, é lógico protegê-lo", declara Greenwald.

 O Brasil, lembra Snowden na carta, foi coautor, ao lado da Alemanha, do texto da resolução aprovada por uma comissão da Assembleia Geral da ONU, em que se associava o impacto da espionagem a violações aos direitos humanos. "Nossos direitos não podem ser limitados por uma organização secreta, e autoridades americanas nunca deveriam decidir sobre as liberdades de cidadãos brasileiros", afirma ele. Snowden recorda que a decisão de revelar ao mundo o esquema de espionagem custou sua família, sua casa e pôs sua vida em risco. "O preço do meu discurso foi meu passaporte, mas eu o pagaria novamente. Prefiro virar apátrida a perder minha voz", declara.

ENTENDA O CASO

Snowden, que trabalhava no escritório da NSA no Havaí, copia documentos da agência 20 de maio Vai a Hong Kong para conceder entrevistas a Glenn Greenwald, do jornal "Guardian" 9 de junho Após jornal publicar reportagens, ex-técnico da NSA revela ser responsável por vazar dados sobre espionagem dos EUA 22 de junho EUA acusam Snowden, cancelam seu passaporte e pedem a Hong Kong que o extradite 23 de junho Snowden sai de Hong Kong rumo a Moscou; fica na área de trânsito do aeroporto Sheremetyevo, sem entrar oficialmente no país por cerca de um mês 2 a 7 de julho Snowden pede asilo a 21 nações, inclusive Brasil, que nega 7 de julho "O Globo" informa que cidadãos e empresas no Brasil foram espionados pela NSA 16 de julho Snowden pede asilo temporário à Rússia 1º de agosto Snowden obtém asilo da Rússia 18 de agosto David Miranda, namorado de Greenwald, que publicou os casos de espionagem, é detido no aeroporto de Londres 1º de setembro TV Globo revela que Dilma teve comunicação com seus assessores interceptada 8 de setembro TV Globo informa que Petrobras foi alvo de espionagem 17 de setembro Dilma cancela ida aos EUA 11 de dezembro Atrás apenas do papa, Snowden é eleito a segunda personalidade mais importante do mundo pela revista "Time" 16 de dezembro Corte dos EUA decide que monitoramento de cidadãos americanos é ilegal.

Via @FolhaMundo: http://goo.gl/zzYJuQ