sexta-feira, 24 de abril de 2015

O Jornalismo, o Passaralho e a Computação em Nuvem

O Estado de S. Paulo reproduz, na edição de quinta-feira (23/4), reportagem da revista inglesa The Economist sobre as perspectivas de crescimento da computação em nuvem. O tema central é a queda progressiva dos preços de armazenamento de dados, ao mesmo tempo em que cresce exponencialmente a capacidade e a operacionalidade desses sistemas. Um olhar no horizonte mostra que a gestão de redes de computadores remotos é um dos setores da tecnologia que mais crescem, junto com a comunicação móvel.
René Mansi - Creative Commons
O que isso tem a ver com a imprensa como a conhecemos?

Tem tudo a ver, em pelo menos dois pontos cruciais: primeiro, o tráfego instantâneo de informações numa rede complexa de computadores manda para o arquivo morto os sistemas centralizados de gestão que caracterizam as empresas de mídia noticiosa; segundo, o sistema transforma o núcleo da atividade jornalística em mercadoria que pode ser servida por qualquer tipo de empresa que possua os programas de gestão remota de dados.
Um olhar para o horizonte próximo mostra que será necessário trocar grande parte dos programas utilizados na coleta, edição e publicização de material jornalístico, porque a maioria dos sistemas multiplataforma foi construída com a lógica da mídia impressa.

Não é tarefa simples adequar esses conjuntos de softwares para gerenciar textos, imagens e sons de maneira integrada entre unidades computacionais localizadas em várias partes do planeta. Há quem diga que esse salto tecnológico equivale ao processo de troca dos sistemas de mainframes pelas redes de computadores pessoais, que gerou altos custos e grande endividamento nas empresas jornalísticas na década de 1990.
No Brasil, onde as corporações de mídia enfrentam dificuldades financeiras e se veem obrigadas a cortar empregos às dezenas, esse desafio só poderá ser enfrentado com o suporte do Estado – e aí o leitor atento pode imaginar o quanto ajudaria ter em Brasília um governo disposto a abrir os cofres do Tesouro, como aconteceu em passado recente.

Parece, portanto, haver uma conexão entre a crise financeira das grandes empresas de comunicação, a perspectiva de aumento dos custos devido a uma acelerada mudança na tecnologia de informação e comunicação, e certo esforço que fazem os jornais para substituir os inquilinos do Palácio do Planalto antes da próxima eleição presidencial regulamentar.

Demissões em massa

O contexto diz que jornalistas serão sempre essenciais, mas empresas jornalísticas do tipo que conhecemos se tornam obsoletas. Como se sabe, o setor vem sendo obrigado a reduzir severamente os postos de trabalho: no dia 6 de janeiro, houve mais de 30 demissões em jornais do interior paulista, cinco das quais na sucursal da Folha de S. Paulo em Ribeirão Preto, que foi fechada; nos dois dias seguintes, o Estado de Minas demitiu mais de uma dezena de jornalistas e o Globo cortou uma centena de funcionários, entre os quais 30 jornalistas; em março, a TV Bandeirantes mandou embora 30 profissionais; e neste mês de abril o Estado de S. Paulo cortou 100 postos de trabalho, o SBT demitiu 40 e a Folha começou um corte que, segundo o Sindicato dos Jornalistas, já passou de 50.

Esse cenário tecnológico precisa ser compreendido no contexto mais amplo do mercado, onde também não há boas notícias para a mídia tradicional. Na primeira semana deste mês, a revista Meio e Mensagem publicou entrevista (ver aqui) do britânico Miles Young, presidente mundial da rede Ogilvy, que pertence à WPP, o maior conglomerado de publicidade e comunicação do planeta, na qual ele anunciava uma mudança radical no negócio: as antigas agências de propaganda estão se transformando em produtoras de conteúdo, ou publishers, e começam a contratar jornalistas.

Na mesma quinta-feira (23), a Folha de S. Paulo publica entrevista na qual o sorridente diretor de negócios da TV Globo, Willy Haas, diz que a emissora ainda acredita na força da propaganda, motor da TV aberta, apesar da crescente concorrência de outras telas, como as do computador, dos tablets e dos smartphones, além do crescimento dos serviços de vídeo sob demanda, como o Netflix. Ao comemorar seus 50 anos de existência, afirmou, a emissora considera que precisa inovar para concorrer com as novas mídias.

Acontece que, embora se beneficie com 40% do bolo publicitário da TV no Brasil, tendo faturado em 2014 a montanha de R$ 16,2 bilhões, com um lucro líquido de R$ 2,4 bilhões, a Globo não está imune às dificuldades que se avolumam. Um exemplo: como lembra o jornalista Adalberto Marcondes, o que aconteceria se mudassem as regras que beneficiam a mídia, com uma separação clara entre jornalismo e entretenimento?

Via  Observatório da Imprensa

quarta-feira, 22 de abril de 2015

O ócio e a importância de 'não fazer nada', com uma pulseira




A  marca de pijama Joe Boxer, criou uma pulseira inteligente que incentiva o usuário ao ócio, ou seja, a não fazer absolutamente nada.
O mecanismo mapeia a sua inatividade e se conecta a um app para iOS ou Android. Em seguida, ele classifica o seu "desempenho" em níveis como "comandante do sofá", "você é demais", entre outros termos divertidos.

O objetivo da brincadeira é acabar com a culpa geralmente associada ao ócio e lembrar a importância, inclusive para a produtividade e criatividade, de curtir alguns momentos sem fazer nada.

Via AdNews

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Novo algoritmo do Google vale a partir desta terça



Usabilidade e melhor experiência do usuário de tabletes e smartphones. O Google prioriza, a partir de agora, os sites que são responsivos. Ou seja, atendem automaticamente às necessidades do usuário em cada dispositivo. A partir de 21 de abril, esses sites passarão a ter melhor classificação nas pesquisas dos mecanismos de busca da empresa. Isso deve afetar todas as empresas que não estão adaptadas, em todo o mundo.


A mudança parece pouca, mas deve obrigar as empresas a se preocuparem mais com os dispositivos móveis, como celulares e tabletes. É importante observar que 50% de todas as buscas locais são executadas em dispositivos móveis e apenas cerca de 50% de todos os sites são otimizados para as plataformas.

Segundo pesquisa, sites não responsivos têm uma taxa de rejeição em qualquer lugar entre 65%  e 90%, o que prejudicará significativamente o ranking. Isso passará a pressionar os SEOs para se concentrarem mais no design dos sites para dispositivos móveis.

Como é sabido, a chave para a obtenção de lucro no comércio, seja eletrônico ou não, é obter vendas cada vez melhores. Na internet, isso significa ter um site de fácil navegabilidade e bastante amigável para agradar a experiência do usuário. Com o novo algoratimo do Google, a penalidade para o não cumprimento dessas normas passará a ser uma queda significativa no rankings e nos lucros.

Afim de preparar as empresas para esta nova atualização, o Google oferece várias ferramentas que vão analisar o site atual da empresa e determinar se atende aos critérios considerados amigáveis às plataformas móveis e quais as áreas que precisam de mais atenção. Essas ferramentas incluem o
Mobile-Friendly Test e do Google's Developer Page Speed Insights Tool.

Para executar os testes, simplesmente copie e cole o URL na barra de navegação e aguardar os resultados. Aqueles que não fizerem a transição para sites móveis provavelmente receberão uma lista completa de mudanças a serem abordados. A lista de soluções para os erros mais comuns que devem ser encontradas nesses testes podem ser encontradas no Guia de SEO do Google Mobile. A transição será simples para uns, mas penosa para outros. 



Via Inc.

domingo, 19 de abril de 2015

Banir e-mail é a saída para a produtividade ?




Em 2001, a consultora irlandesa Clare Burge voltou de umas férias de dez dias e encontrou 10 mil novos e-mails em sua caixa de entrada.
Em um momento de "loucura", segundo ela, Burge decidiu fazer uma experiência radical: ficar um ano inteiro sem usar o correio eletrônico. Acionou uma resposta automática em suas contas de casa e do trabalho, pedindo para que as pessoas ligassem se precisassem falar com ela. Foi algo que transformou sua vida.

"O e-mail é uma ferramenta muito egoísta", define Burge, que hoje dirige a consultoria Get Organised, em Dublin. "As pessoas despejam tarefas na caixa de entrada das outras sem nem pensar se estão incomodando". O resultado: "Você se torna um escravo do Inbox, checando seus e-mails da hora que acorda ao momento de se deitar".
Muitos trabalhadores entendem a irritação de Burge com o fluxo constante de mensagens chegando a qualquer hora do dia ou da noite. O e-mail também pode ter um impacto direto nos resultados financeiros de uma empresa, já que distrai os funcionários de tarefas importantes com um volume desnecessário de recados. 


Imagine it: banning email at the office. (Credit: Alamy)

Mais produtividade

Uma pesquisa estima que, em média, uma pessoa leva 64 segundos para retomar o que estava fazendo após ler uma mensagem nova. Outros estudos mostraram que isso pode levar a um total de várias horas perdidas por dia.
Como se trata de um atraso na eficiência do escritório e no bem-estar do funcionário, o e-mail agora entrou na mira de corporações ao redor do mundo. No mesmo ano em que Burge abriu mão da ferramenta, Thierry Breton, diretor-executivo da empresa francesa de tecnologia Atos, anunciou a seus 80 mil funcionários que eles estavam proibidos de usar o correio eletrônico interno.
Desde então, esse tipo de proibição tem se tornado uma maneira cada vez mais popular para as empresas ajudarem seus funcionários a manter um equilíbrio saudável entre o trabalho e a vida doméstica, e aumentar sua produtividade.


A tendência está se arraigando em vários setores. Na Alemanha, algumas montadoras anunciaram políticas para limitar o uso do e-mail. Nos Estados Unidos, um conhecido colunista do The New York Times escreveu sobre as ferramentas que ele usa com seus editores para substituir a comunicação por e-mail.

Na Grã-Bretanha, a Halton Housing Trust, uma ONG que cuida de pessoas sem moradia e gerencia milhares de casas, decidiu simplesmente extinguir a ferramenta. Seu diretor-executivo, Nick Atkin, é um crítico feroz do correio eletrônico, apesar de ter admitido recentemente que a iniciativa ainda está longe de ir de vento em popa. Segundo ele, os desafios de fazer com que seus 280 funcionários parassem de checar sua caixa de entrada constantemente "mostra o quanto as pessoas estão viciadas no e-mail e, sendo assim, têm uma resposta irracional quando se ameaça tirar isso delas".


Leia mais: Como preservar sua privacidade no mundo digital

Sugestão de funcionária

Na Van Meter, uma distribuidora de peças elétricas de Cedar Rapids, em Iowa, nos Estados Unidos, acabar com os e-mails depois do expediente foi parte de um programa mais abrangente para melhorar a cultura interna da empresa.
Há dez anos, a companhia começou a medir o envolvimento dos funcionários e a implementar políticas que melhoraram o equilíbrio entre a vida doméstica e o trabalho.

Para Lura McBride, diretora de operações dessa companhia de 400 funcionários, a gota d'água foi perceber que tinha se habituado a travar as portas do carro ao estacionar da garagem de casa no fim do dia para continuar trabalhando, enquanto seus quatro filhos tentavam chamar sua atenção pelas janelas.
McBride sugeriu a seus superiores cortar os e-mails internos depois das 17h e nos fins de semana, sugerindo telefonemas no lugar. Para ela, a regra serve mais para respeitar o tempo das outras pessoas. Afinal, quando escutamos o sinal de que chegou um novo e-mail sempre nos sentimos obrigados a verificar se se trata de algo importante.

Ao longo do tempo, a decisão se infiltrou e se tornou parte da cultura interna da Van Meter. Quando um empregado sai de férias, a empresa até desativa seu e-mail. McBride e seus colegas ainda trabalham de noite, mas ninguém manda mensagens eletrônicas, a não ser que se trate de responder a um cliente ou de algo inadiável.

Mudando o ritmo

O que a irlandesa Burge aprendeu durante seu ano longe dos e-mails é que para fazer isso bem, as empresas precisam encontrar alternativas para que as pessoas se comuniquem e contribuam entre si.
Ao ouvi-la em uma palestra, o consultor em informática Lee Mallon, da cidade britânica de Bornemouth, tomou a mesma decisão e aboliu seus e-mails em setembro do ano passado.

Quando anunciou sua decisão, seus funcionários respiraram aliviados. Para ele, o maior desafio foi a transição para outras ferramentas de comunicação que funcionam melhor para designar tarefas e compartilhar documentos.
"Antes, o e-mail era o recipiente de todas as comunicações, além das interações com clientes e armazenagem de documentos", diz Mallon. "Agora usamos quatro produtos diferentes para cada tipo de comunicação".

Em seu pequeno escritório, os assuntos mais urgentes são discutidos pessoalmente ou por telefone. Para compartilharem informações e se manterem a par do andamento de algum projeto, os funcionários usam o Skype, o Dropbox e o Slack.

"A equipe se comunica muito melhor", afirma ele, que estima ter economizado 20% do dia de trabalho ao se livrar do e-mail. "Agora os assuntos se resolvem imediatamente." Burge acredita que um mundo sem e-mails ainda está longe de se tornar realidade. "Eu ainda uso a ferramenta diariamente porque não consegui converter as 7 bilhões de pessoas do planeta", brinca.

Fonte: BBC Capital

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Dúvidas com o Imposto de Renda?

A Receita Federal produziu, no canal da TV Receita ( http://idg.receita.fazenda.gov.br/videos/tv-receita ), uma série com 11 vídeos sobre o imposto de renda da pessoa física. A série, chamada TV Receita Responde, aborda as principais dúvidas que surgem nesta época de entrega da declaração.
Os vídeos buscam aproximar a Receita Federal do cidadão, explicando, em linguagem coloquial, os principais assuntos relacionados à legislação do imposto de renda da pessoa física.