Um
asteróide cinco vezes maior que um navio transatlântico vai passar nesta
sexta-feira a 5,8 milhões de quilômetros da Terra, uma distância curta em
termos astronômicos, informou a agência espacial norte-americana (Nasa).
O
asteróide, chamado 1998 QE2, será observado por meio de telescópios e radar
pelos cientistas, que esperam obter "imagens de alta resolução que poderão
revelar muita coisa sobre as suas características", disse o astrônomo
Lance Benner.
Seguindo a
trajetória atual, o 1998 QE2 atingirá às 21h59 (hora de Lisboa, 1h59 no Brasil)
de amanhã o ponto mais próximo da Terra e só voltará a aproximar-se dentro de
cerca de 200 anos.
O
asteróide, que mede cerca de 2,7 quilômetros de diâmetro, não poderá ser
observado a olho nu ou com binóculos: sua baixa luminosidade só o torna visível
aos telescópios mais potentes.
O interesse
público nos objetos celestes que passam perto da Terra reacendeu-se depois da
queda do meteorito de Chelyabinsk, na Rússia, em fevereiro passado.
Além da
Nasa, a Casa Branca seguirá com atenção o trajeto do asteróide, uma vez que a
administração norte-americana aposta em convencer o Congresso a libertar mais
verbas para vigiar os objetos que se aproximam da Terra.
"Temos
que encontrar os asteróides antes que eles nos encontrem", disse o
assessor de Política Espacial da Casa Branca, Phil Larson.
O programa
espacial dos Estados Unidos prevê o envio de astronautas que
"capturem" um asteróide até o ano 2020.
Agência Brasil via Agência
Lusa