A empresa de antivírus Kaspersky revelou nesta segunda-feira, 14, que
uma operação online avançada rouba dados de 69 países, entre eles o
Brasil. A descoberta se deu em outubro do ano passado.
A
espionagem sobre governos, embaixadas, diplomatas, instituições de
pesquisas e outros departamentos acontece há pelo menos cinco anos e
ainda está em atividade.
De acordo com a Kaspersky, o movimento, apelidado de “Outubro
Vermelho”, é orquestrado por meio de ataques sofisticados e colhe
informações sigilosas de computadores, smartphones e até pendrives. Os
códigos maliciosos são instalados para roubar arquivos de todos os
tipos.
As características dos ataques sugerem que a rede pode ter
origem russa, mesma nacionalidade da Kaspersky, mas não há informações
oficiais sobre o assunto.
As regiões do leste europeu e o centro
da Ásia parecem ser o principal foco das ações, que atingem também os
Estados Unidos, Austrália, Irlanda, Bélgica, Espanha, África do Sul,
Japão e tantos outros.
Análises indicam que a rede prioriza internautas considerados
influentes por sua atividade online. Não foi revelado, no entanto, o
perfil das autoridades governamentais monitoradas, bem como o de pessoas
ligadas a projetos de energia nuclear, petróleo e demais áreas.
“O objetivo principal parece ser a coleta de informações
classificadas de inteligência geopolítica, embora o escopo possa ser
mais amplo”, informa a Kaspersky em um relatório divulgado nesta
segunda-feira, 14. “Durante cinco anos, os criminosos coletaram
informações de centenas de perfis, mas ainda não sabemos com qual
finalidade”, completa o texto, repercutido pela Wired.
A empresa de antivírus descartou a possibilidade de o movimento estar
relacionado a ataques anteriores, como o “Flame”, descoberto no ano
passado.
Fonte: Olhar Digital