segunda-feira, 28 de março de 2016

FBI desbloqueou o iPhone que a Apple se recusou a desbloquear

Depois de meses de trabalho, o FBI finalmente conseguiu acessar os dados criptografados do iPhone do caso de San Bernardino. Em uma audiência hoje, um promotor de justiça contou à corte que o novo método para hackear o iPhone é seguro e que não é mais necessário a assistência da Apple. 
No relatório, é bem claro os avanços da equipe do FBI. "O governo foi bem-sucedido em acessar os dados criptografados no iPhone de Farook, e não é mais necessária a assistência da Apple." O processo efetivamente acaba com a luta judicial que o FBI tem travado com a Apple desde fevereiro". 
O Departamento de Justiça anunciou pela primeira vez a tentativa de acessar os dados no dia 21 de março, menos de 24 horas depois dos rumores sobre o agendamento da primeira audiência no tribunal. De acordo com os promotores de justiça, o método foi demonstrado pela primeira vez às autoridades no dia 20, e foi suficientemente plausível para que o FBI não continuasse mais no caso judicial, que foi iniciado sob a premissa que apenas a Apple era capaz de destravar o iPhone de San Bernardino. 
O governo agendou uma reunião para reportar a efetividade da façanha no dia 5 de abril, mas os pesquisadores do FBI parecem ter terminado mais cedo. O resultado é um fim abrupto a este capítulo da luta do FBI contra a criptografia de dados. Ainda não se sabe qual é a exata natureza das ações do governo, ou quantos iPhones diferentes tiveram que ser destravados para que o método fosse comprovado, mas é improvável que o governo tenha todo este poder que eles alegam ter. Isso levanta a possibilidade de embates futuros nos tribunais ou, mais provavelmente, ações no Congresso em relação à criptografia do tipo propostos pelos senadores Dianne Feinstein e Richard Burr. 
Em uma declaração, o Departamento de Justiça prometeu continuar seus esforços para coletar dados de dispositivos criptografados. "Continua uma prioridade para o governo garantir que agentes da lei possam obter informações digitais cruciais para proteger a segurança nacional e a segurança do público", e reiterou: "seja com a cooperação de terceiros ou através do sistema judicial". 

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