Depois de meses de trabalho, o FBI
finalmente conseguiu acessar os dados criptografados do iPhone do caso
de San Bernardino. Em uma audiência hoje, um promotor de justiça contou à
corte que o novo método para hackear o iPhone é seguro e que não é mais
necessário a assistência da Apple.
No relatório, é bem claro os avanços da equipe do FBI. "O governo foi
bem-sucedido em acessar os dados criptografados no iPhone de Farook, e
não é mais necessária a assistência da Apple." O processo efetivamente
acaba com a luta judicial que o FBI tem travado com a Apple desde
fevereiro".
O Departamento de Justiça anunciou pela primeira vez a tentativa de
acessar os dados no dia 21 de março, menos de 24 horas depois dos
rumores sobre o agendamento da primeira audiência no tribunal. De acordo
com os promotores de justiça, o método foi demonstrado pela primeira
vez às autoridades no dia 20, e foi suficientemente plausível para que o
FBI não continuasse mais no caso judicial, que foi iniciado sob a
premissa que apenas a Apple era capaz de destravar o iPhone de San
Bernardino.
O governo agendou uma reunião para reportar a efetividade da
façanha no dia 5 de abril, mas os pesquisadores do FBI parecem ter
terminado mais cedo.
O resultado é um fim abrupto a este capítulo da luta do FBI contra a
criptografia de dados. Ainda não se sabe qual é a exata natureza das
ações do governo, ou quantos iPhones diferentes tiveram que ser
destravados para que o método fosse comprovado, mas é improvável que o
governo tenha todo este poder que eles alegam ter. Isso levanta a
possibilidade de embates futuros nos tribunais ou, mais provavelmente,
ações no Congresso em relação à criptografia do tipo propostos pelos
senadores Dianne Feinstein e Richard Burr.
Em uma declaração, o Departamento de Justiça prometeu continuar seus
esforços para coletar dados de dispositivos criptografados. "Continua
uma prioridade para o governo garantir que agentes da lei possam obter
informações digitais cruciais para proteger a segurança nacional e a
segurança do público", e reiterou: "seja com a cooperação de terceiros
ou através do sistema judicial".