domingo, 18 de agosto de 2013

#ForadoEixo-SP: a vez do #UOL

A ideia parece sedutora para qualquer jovem que goste de cultura e novas experiências: morar com outras pessoas da mesma idade e com as mesmas afinidades numa casa grande onde tudo é compartilhado e feito de maneira coletiva. Essa é a proposta das casas do Fora do Eixo, nas quais os integrantes da rede vivem juntos em grupos de até 30 pessoas para economizar nas despesas de aluguel, luz, água, telefone e internet.

O sonho alternativo, entretanto, virou pesadelo para alguns ex-integrantes. Após abandonarem os locais, eles relataram proibições de se relacionar com pessoas de fora das residências, uma divisão machista de tarefas e até o uso de militantes para atrair sexualmente outros indivíduos para a rede.

O UOL visitou a casa do Fora do Eixo em São Paulo na última sexta-feira (16), dia especialmente difícil para as lideranças da rede. Após duas semanas de um bombardeio de críticas às práticas do coletivo, a revista "Carta Capital" publicou reportagem assinada por um ex-parceiro do grupo. Na matéria, uma antiga moradora da casa de São Paulo afirma que Pablo Capilé, cofundador do Fora do Eixo, utiliza a expressão "catar e cooptar" para se referir à prática de um(a) militante fingir interesse sexual para trazer ao coletivo perfis de interesse das lideranças.




"As meninas do Fora do Eixo vão processar essas pessoas [que estão fazendo as acusações]. Isso é de um machismo intolerável do meu ponto de vista. A suposição do acontecimento disso, a acusação para as meninas que estão dentro da rede, saca? É uma acusação muito grande. Você não devia falar isso numa entrevista ou dar um depoimento sobre isso. Você tinha que ir para o Ministério Público, para a polícia, denunciar para os órgãos responsáveis. Eu vou defender que as mulheres do Fora do Eixo processem todo mundo que está falando isso, porque isso não pode passar barato, não pode ficar assim", defende-se Capilé, inquieto na poltrona da sala de TV da Casa em São Paulo.

A reportagem foi recebida por Felipe Altenfelder, membro do planejamento do coletivo. De touca preta e barba por fazer, Felipe apresentou a redação da Mídia Ninja e do #PósTV nos fundos da casa, próximo ao palco onde são recebidas bandas no evento Domingo na Casa. A casa de São Paulo abriga cerca de 20 moradores, mas só metade estava no local no momento da visita. "Tem muita gente fora hoje", disse Capilé.

Continue no UOL 

Leia mais :

Nenhum comentário:

Postar um comentário