Os Pontos de Troca de Tráfego Metropolitanos (PTTMetro), operados pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), atingiram a marca de 500 Sistemas Autônomos (“ Autonomous Systems - ASs”) conectados, o que significa um quarto dos registrados na Internet brasileira, composta por mais de dois mil ASs. O PTTMetro troca mais de 180 Gbit/s de tráfego de Internet através do projeto.
Entre 2011 e 2013, o PTTMetro apresentou um crescimento de 150%, passando de 200 para 500 ASs participantes, o que representa um crescimento médio de 40% ao ano. Como um participante pode estar em mais de um PTT dentro do projeto e com o mesmo Autonomous System Number (ASN), o número total de interligações aos PTTs é de 749, contando as presenças replicadas em mais de um PTT. “Essa marca de 500 ASNs coloca o PTTMetro entre os cinco maiores pontos de troca de tráfego do mundo em número de participantes, juntamente com AMS-IX (Holanda), DE-CIX (Alemanha), LINX (Reino Unido) e MSK-IX (Rússia)”, ressalta Milton Kaoru Kashiwakura, Diretor de Projetos Especiais e de Desenvolvimento do NIC.br. Em termos de tráfego Internet trocado, nesse período, houve um crescimento de 56 para 180 Gbit/s.
Por contar com 500 ASs, serviços importantes para melhorar o funcionamento da Internet brasileira foram disponibilizados no PTTMetro, entre eles, destacam-se:
As cópias dos servidores DNS raiz e do “.br”, que garantem robustez às redes brasileiras e melhoram a qualidade do acesso à Internet;
Os servidores do NTP.br, utilizados na sincronização dos relógios dos computadores com a hora legal brasileira distribuída pelo Observatório Nacional;
Os servidores do SIMET para a realização de medições de qualidade de banda larga.
Estrutura do PTTMetro no Brasil
O PTTMetro é um conjunto de infraestruturas que possibilitam a troca de tráfego Internet de forma direta entre as redes que compõem a Internet no Brasil, chamadas de ASs. Essas infraestruturas estão presentes em 22 regiões metropolitanas que apresentam grande interesse de troca de tráfego Internet. Novos PTTs estão em fase de instalação em mais duas cidades e outras doze estão em estudo.
“Cada vez mais administradores de rede estão compreendendo as vantagens de estarem conectados ao PTTMetro. Ganha-se com a racionalização dos custos, uma vez que os balanços de tráfego são resolvidos direta e localmente e não através de redes de terceiros muitas vezes custosas e fisicamente distantes; ganha-se com a melhoria da qualidade, já que há uma redução na latência, tempo necessário para obter um conteúdo da Internet e ganha-se também com a organização da infraestrutura de rede da Internet no Brasil, pois os administradores de redes sabem que ao se conectar aos PTTs, eles passam a ter vantagens de serviços e de negócios. Além disso, a troca de informação entre os participantes em encontros, como o PTT Fórum, promovidos pelo NIC.br, amplia o relacionamento entre as empresas e instituições participantes e com isso todos ganham”, completa Kashiwakura.
PTTMetro de São Paulo é o maior da América Latina
Atualmente, o PTTMetro de São Paulo atinge picos de 140 Gigabits por segundo (Gbit/s) na troca de tráfego, o que o coloca como o maior PTT da América Latina em termos de tráfego Internet trocados e em número de participantes. Os demais PTTMetro são igualmente importantes, por manter a troca de tráfego local funcionando como um agregador de tráfego regional.
Quem participa do PTTMetro?
Participam do PTTMetro diversos tipos de instituições e empresas, como bancos, universidades, corporações de conteúdo, provedores de serviços, emissoras de televisão, empresas de telecomunicações, órgãos dos Governos Municipais, Estaduais e Federal, entre outros segmentos. Basta possuir um ASN, número que identifica uma rede conectada à Internet, para participar do PTTMetro. No Brasil, a alocação de blocos IP e a atribuição de ASNs é realizada pelo Registro.br, um serviço do NIC.br.
Por que se tornar um AS?
Uma das principais vantagens para um AS é a facilidade de troca do fornecedor de banda Internet sem a necessidade de renumeração dos endereços IPs de sua rede. Essa facilidade permite negociações mais vantajosas com os provedores de conexão à Internet.
As empresas ou instituições interessadas em obter um ASN (número que identifica um AS) e blocos de endereços IPs que não dependem de provedor precisam provar o uso de no mínimo 256 endereços IP, quando se tem mais de um acesso à Internet e para redes que tenham uma única conexão à Internet, o mínimo é de 4.096 endereços IP. Para provedores de serviço Internet estas regras são diferentes.
Fonte:
NIC.Br