quinta-feira, 18 de abril de 2013

9% dos americanos fariam sexo com um robô. E o resto?

Amy_and_Bender
Emuma pesquisa do Huffington Post em um universo de 1.000 entrevistados, 18% disseram acreditar que em 2030 teremos robôs específicos para fins sexuais, sexbots, chame como quiser. Desses, 9% disseram que topariam fazer o monstro de duas costas com um robô desses.
Convenhamos, é mentira. Dada a histórica compulsão masculina de introduzir o geraldinho  em qualquer lugar remotamente encaixável, como canos de ferro, filtro de piscina, aspirador de pó, frangoscongelados  bonecos de neve, cones de trânsito e sabe-se lá mais o quê.
A sacanagem é a mola-mestra da Humanidade, somos extremamente criativos no que se relaciona com a necessidade de perpetuar a espécie, e usar tecnologia de ponta (epa!) é uma tradição antiquíssima. Bem antes de desenvolvermos a escrita ou o RedTube, 30 mil anos atrás, nossos ancestrais já esculpiam dildos em ossos de animais.
Hoje a tecnologia de sexbots ainda engatinha, com as RealDolls parecendo monstros de silicone, ou brinquedos que são indistinguíveis de criaturas habitantes de profundezas abissais do fundo do mar. Podemos dizer que o Sybian (não google) é um robô especializado, sem as partes desnecessárias.
No Japão (não podia ficar de fora, claro) há toda uma indústria de fembots, mas anos adiante do resto do mundo. :

Honey-Doll
Ela é anatomicamente correta, vibra, fala, geme controlada por sensores, e igual sua namorada, finge orgasmos convincentes. É uma entre as milhares de variações vendidas pela Orient-Doll.
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Adiar para o futuro a discussão sobre sexo com robôs é uma atitude tão infantil quanto alguns modelos inapropriadamente vendidos pela Orient Doll. A tal pesquisa diz que dos consultados 42% acharia traição um parceiro fazer sexo com um robô, mas do que isso difere de usar um dildo, uma Fleshlight?
Antigamente havia o atenuante de “trair em pensamento”, sem contato físico, mas com a tecnologia é comum gente casada e/ou comprometida passar noites se exibindo nos chats da vida. Se não é traição por não haver contato físico, então tudo bem sua cara-metade mostrar as vergonhas, tão altas e cerradinhas, pra um tarado no chat do UOL?
 
Nossos conceitos morais não evoluem tão rápido quanto nossa tecnologia. Foram boas duas décadas antes de você poder dizer que conheceu alguém pelo computador e não ser olhado como um alien. Ainda estamos lidando com privacidade, e é capaz de nem termos resolvido a questão da homofobia quando começarmos a entrar na robofobia. Não duvido que 100% das pessoas que amem de coração seus filhos gays morreriam de vergonha se eles aparecessem abraçados com uma RealDoll.


real_doll
Existem histórias de homens que compraram bonecas da RealDoll e se apaixonaram. É patético, eu sei, mas acontece. Com a chegada de robôs com capacidade sexual, programáveis para obedecer ao dono e sem o módulo DR muito mais gente incapaz de conviver normalmente com humanos vai aderir.
Não deixa de ser uma boa idéia, do ponto de vista evolutivo. Esse tipo de gente se excluindo voluntariamente da nossa reserva genética só melhora a espécie como um todo.
Claro, isso se as Sexbots não forem iguais à Elizabeth Hurley em Austin Powers, aí que se dane a humanidade, cadê meu cartão?




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