Emuma pesquisa do Huffington Post em
um universo de 1.000 entrevistados, 18% disseram acreditar que em
2030 teremos robôs específicos para fins sexuais, sexbots, chame
como quiser. Desses, 9% disseram que topariam fazer o monstro de duas
costas com um robô desses.
Convenhamos,
é mentira. Dada a histórica compulsão masculina de introduzir
o geraldinho em qualquer lugar remotamente encaixável,
como canos de ferro, filtro de piscina, aspirador de
pó, frangoscongelados
bonecos de neve, cones de trânsito e sabe-se lá mais
o quê.
A
sacanagem é a mola-mestra da Humanidade, somos extremamente
criativos no que se relaciona com a necessidade de perpetuar a
espécie, e usar tecnologia de ponta (epa!) é uma tradição
antiquíssima. Bem antes de desenvolvermos a escrita ou o RedTube, 30
mil anos atrás, nossos ancestrais já esculpiam dildos em ossos
de animais.
Hoje
a tecnologia de sexbots ainda engatinha, com as RealDolls parecendo
monstros de silicone, ou brinquedos que são indistinguíveis de
criaturas habitantes de profundezas abissais do fundo do mar. Podemos
dizer que o Sybian (não google) é um robô especializado, sem as
partes desnecessárias.
No
Japão (não podia ficar de fora, claro) há toda uma
indústria de fembots, mas anos adiante do resto do mundo. :
Ela é
anatomicamente correta, vibra, fala, geme controlada por sensores, e
igual sua namorada, finge orgasmos convincentes. É uma entre as
milhares de variações vendidas pela Orient-Doll.
:
Adiar
para o futuro a discussão sobre sexo com robôs é uma atitude tão
infantil quanto alguns modelos inapropriadamente vendidos pela Orient
Doll. A tal pesquisa diz que dos consultados 42% acharia traição um
parceiro fazer sexo com um robô, mas do que isso difere de usar um
dildo, uma Fleshlight?
Antigamente
havia o atenuante de “trair em pensamento”, sem contato físico,
mas com a tecnologia é comum gente casada e/ou comprometida passar
noites se exibindo nos chats da vida. Se não é traição por não
haver contato físico, então tudo bem sua cara-metade mostrar as
vergonhas, tão altas e cerradinhas, pra um tarado no chat do UOL?
Nossos
conceitos morais não evoluem tão rápido quanto nossa tecnologia.
Foram boas duas décadas antes de você poder dizer que conheceu
alguém pelo computador e não ser olhado como um alien. Ainda
estamos lidando com privacidade, e é capaz de nem termos resolvido a
questão da homofobia quando começarmos a entrar na robofobia. Não
duvido que 100% das pessoas que amem de coração seus filhos gays
morreriam de vergonha se eles aparecessem abraçados com uma
RealDoll.
Existem
histórias de homens que compraram bonecas da RealDoll e se
apaixonaram. É patético, eu sei, mas acontece. Com a chegada de
robôs com capacidade sexual, programáveis para obedecer ao dono e
sem o módulo DR muito mais gente incapaz de conviver normalmente com
humanos vai aderir.
Não
deixa de ser uma boa idéia, do ponto de vista evolutivo. Esse tipo
de gente se excluindo voluntariamente da nossa reserva genética só
melhora a espécie como um todo.
Claro,
isso se as Sexbots não forem iguais à Elizabeth Hurley em Austin
Powers, aí que se dane a humanidade, cadê meu cartão?
Fonte:
MeioBit
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