quinta-feira, 23 de abril de 2009

CGI.br comemora os 20 anos do “.br”

O código de país “.br” completa 20 anos. Foi no dia 18 de abril de 1989 que a Internet Assigned Numbers Authority delegou a comunidade acadêmica nacional o domínio de topo “.br” para o Brasil.

Segundo informações do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), na década de oitenta as redes predominantes no cenário acadêmico brasileiro eram a BITNET (Because It’s Time NETwork), a HEPnet (High Energy Physics Network) e a UUCP (Unix-to-Unix Copy Program).

Embora a conexão brasileira à Internet tenha se dado só 1991, o domínio já era utilizado para identificar as máquinas que participavam das redes já utilizadas pelos acadêmicos. O registro de domínios sob o “.br” era feito, então, de forma manual pelo Registro Brasileiro, operado na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

O informe do NIC.br mostra também que essencialmente, apenas pesquisadores e as instituições às quais eles pertenciam tinham interesse e condições em se integrar à nova rede e, portanto, em registrar um domínio sob o “.br”.

Em janeiro de 1991, valendo-se da conexão Fapesp-Fermilab, o Brasil aderiu à ESnet (Energy Sciences Network) e, assim, à própria Internet. Os primeiros pacotes TCP/IP brigaram por algum espaço na já congestionada linha internacional de 9600 bps. Aos poucos, a Internet cresceu, ganhou novos espaços e se abriu ao público. E foi durante a ECO-92 que outros segmentos da sociedade civil, representados pelos participantes desta conferência internacional, tiveram contato e acesso à Internet. A partir deste momento, nomes de máquinas no padrão Internet (TCP/IP) foram rapidamente povoando o “.br”.

Em 1995, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) foi criado para, entre outros objetivos, coordenar a atribuição de endereços Internet (IPs) e o registro de nomes de domínios “.br”. O DNS (Domain Name System) brasileiro que, em 1996, começava o ano com 851 domínios registrados, experimentava um crescimento vertiginoso com a chegada em massa de empresas, provedores e mídia. O sistema de registro foi automatizado, com um desenvolvimento interno e em software aberto que permitiu chegar, com eficiência e segurança, a mais de 1,6 milhão de registros atualmente.

A Internet brasileira e seu modelo de gestão são citados como exemplo de sucesso em todos os fóruns do mundo devido, principalmente, à sua gênese baseada na cooperação. É esse consenso que torna verdadeiramente brasileira a rede sob o “.br”.

Sobre o Registro.br
Desde 1995, o Registro.br é o executor de algumas das atribuições do Comitê Gestor da Internet no Brasil, entre as quais as atividades de registro de nomes de domínio, a administração e a publicação do DNS para o domínio <.br>. Realiza ainda os serviços de distribuição e manutenção de endereços Internet. Em abril de 2009, havia mais de 1,6 milhão de domínios registrados no país. Para o LACNIC - Registro de Endereços Internet para a América Latina e Caribe, o Registro.br oferece os serviços de engenharia e hospedagem. Mais informações em http://www.registro.br/.

Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (http://www.nic.br/) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil. São atividades permanentes do NIC.br coordenar o registro de nomes de domínio — Registro.br (http://www.registro.br/), estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil - CERT.br (http://www.cert.br/), estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — CEPTRO.br (http://www.ceptro.br/), produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da comunicação — CETIC.br (http://www.cetic.br/) e abrigar o escritório do W3C no Brasil (http://www.w3c.br/).

Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
O Comitê Gestor da Internet no Brasil coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no país, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Fonte: NIC.br .

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